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Produzir o que e para quem? A pratica do “jeitinho” nas publicações

  • Foto do escritor: Oliveira
    Oliveira
  • 31 de jan. de 2020
  • 2 min de leitura

Produção acadêmica ao estilo "salaminho".


Uma das etapas presentes nas pesquisas cientificas, em alguns casos a etapa final, são as publicações. Elas são um mecanismo para difusão do conhecimento gerado, que com o passar do tempo em alguns casos passou a se tornar um problema. A ciência em sua essência tem por finalidade a solução de problemas e/ou questionamentos, então por que não apresentar tais soluções a todos? O resultados, positivos ou negativos, apontam quais caminhos trilhar ou não, para continuidade e aprimoramento do que esta sendo estudado. Mas onde isso passou a se tornar um problema? Bem, a busca cada vez mais frenética por “números” de artigos publicados, em alguns casos, fez com que ao passar dos anos se perdesse o foco e os trabalhos passassem a ter como meta apenas a quantidade.

A ciência em sua essência tem por finalidade a solução de problemas e/ou questionamentos, então por que não apresentar tais soluções a todos?

Mas afinal de contas qual o problema nessa situação? Os artigos passaram a perder sua qualidade, isso devido a priorização do aspecto quantitativo e não mais o qualitativo. E nesse ponto chegamos ao famoso fenômeno conhecido como produção “salaminho”. Pesquisas fatiadas e seus resultados publicados de forma a render o maior número possível de publicações.

Já dizia um conhecido: publica sobre o milho plantado, depois ele crescendo, e por fim após a colheita. Não bastasse tal pratica outros “jeitinhos” vem sendo utilizados por alguns pesquisadores, principalmente avaliadores de periódicos, como a solicitação para que sejam citados trabalhos de sua autoria. Essa pratica passou a ser adotada após a utilização do Fator de Impacto por alguns periódicos.



Fator de Impacto

Com a utilização do Fator de Impacto (F.I), índice que avalia quanto os artigos de um determinado periódico são citados, praticas como a “solicitação” de que em seu trabalho conste, nas referências, artigos da revista a qual almeja publicar o seu trabalho e em alguns casos artigos do avaliador. Isso passou se tornar um hábito tenebroso e adotado por alguns avaliadores.


Além dos fatos já mencionados em alguns casos observa-se uma seleção “prioritária” de artigos, onde trabalhos de membros da comissão editorial são avaliados e publicados, espantosamente rápidos, enquanto outros trabalhos aguardam em diversas situações até mesmo anos para ter sua primeira rodada de avaliação.


Estamos produzindo o que e para quem?

A pergunta que paira no ar é: estamos produzindo o que e para quem? Ou simplesmente estamos apenas inflando egos, já bastante inflados, de alguns poucos “donos da ciência”. São situações como essas que colocam alguns periódicos em descredito, devido a famosa “panelinha” das publicações. Vale mencionar que o mundo acadêmico é como qualquer outro lugar, existem bons profissionais e alguns que dão uma certa vergonha. Mas a ciência continua linda e os bons continuam fazendo a diferença.


Para saber mais sobre o F.I recomendo o site do posgraduando

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